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A atividade apícola no Rio Grande do Norte pode alcançar índices elevados de produtividade
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Mossoró – A atividade apícola no Rio Grande do Norte pode alcançar índices elevados de produtividade e figurar novamente entre os maiores produtores de mel do Brasil. A opinião é de especialistas que participaram do Seminário Apicultura Potiguar, realizado pelo Sebrae-RN, nesta segunda-feira (16), no Hotel Villa Oeste, em Mossoró. Eles apontam o melhor aproveitamento do bioma e o aprimoramento de técnicas de manejo produtivo para o desenvolvimento do potencial potiguar.

“O Rio Grande do Norte possui um bioma riquíssimo, com potencial apícola imenso, mas houve um erro nas prioridades das políticas públicas. Havia uma ênfase no aumento da quantidade de abelhas, mas não houve foco no aumento de produtividade. Então, o estado tem um potencial altíssimo a ser explorado, fazendo com que o Rio Grande do Norte cresça, e muito, a produtividade das colmeias”, explica Lucas Raad, consultor e especialista em apicultura.

Para Raad, a apicultura precisa ser enxergada como atividade profissional. Para isso, o consultor especializado lembra a necessidade de mudança no comportamento dos apicultores, quanto à criação das colmeias. “É preciso mudar a mentalidade de que se pode criar abelha de qualquer jeito, de que não precisa tratar, não precisa alimentar, sombrear. Que é só jogar a caixa lá no mato e deixar acontecer. A gente tem que mudar a percepção do apicultor, de que a atividade precisa deixar de ser extrativista para realmente ser algo profissional”, alerta.

Para a coordenadora do o Núcleo de Capacitação Tecnológica em Apicultura (NCTA) da Ufersa, Kátia Gramacho, que também ministrou palestra no Seminário Apicultura Potiguar, a atividade apícola precisa caminhar junto a cinco técnicas básicas de manejo: renovação das rainhas, troca de cera, alimentação na entressafra, manejo no período e sombreamento. Segundo a especialista, o conjunto de ações faz a diferença na produtividade e na qualidade do mel.

“Tudo precisa caminhar junto. Não adianta utilizar uma rainha melhorada se as abelhas estão com fome. Ou mesmo trocar a cera e a colmeia estar debaixo de sol a pino. Então, essas coisas são básicas. Os apicultores precisam entender que isso precisa ser feito. O pessoal não faz manejo, não faz revisão, não troca a cera, e o resultado são colmeias com baixa produtividade”, orienta.

Durante o Seminário Apicultura Potiguar, apicultores de diversos municípios da Região Oeste puderam conhecer técnicas de gestão e empreendedorismo, através da palestra “A mágica do sucesso: transformando empenho em desempenho”, com o consultor e mágico, Jardel Beck. O especialista alertou para a importância de o empreendedor desenvolver características como a atitude, para obter diferencial competitivo no mercado.

“Se tem um fator para se diferenciar, seja na apicultura ou qualquer outro setor do empreendedorismo, é a atitude. É negar o ócio. É ir para o campo da ação. Eu tenho um monte de ideias, mas nunca fiz nada. Então, não é a ideia que move o mundo. É colocar uma ideia em ação. A atitude é um grande diferencial para se tornar uma pessoa única”, ensina Beck.

Após Mossoró, o Seminário Apicultura Potiguar será ministrado em outras quatro cidades do estado. Nesta terça-feira (17) acontece em Pau dos Ferros, no Campus do Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Norte (IFRN); na quarta-feira (18), será realizado na Câmara de Dirigentes Lojistas de Currais Novos; já na quinta-feira (19), o evento acontecerá no Cine Teatro Pedro Amorim, em Assú, e finaliza o cronograma na sexta-feira (20), no campus do IFRN de João Câmara. Além da palestra de Jardel Beck e Lucas Raad, o seminário conta ainda com a participação dos consultores Charle Paiva e Robson Raad, especialistas em apicultura e consultores do Sebrae no Rio Grande do Norte.

De acordo com a analista técnica do Sebrae RN, Honorina Medeiros, a ideia é fazer chegar informações relativas à atividade aos apicultores de todas as regiões do estado. “Percebemos que, nesse ano de mais chuvas, muitos produtores se sentiram atraídos pela atividade apícola. E esse evento servirá para entender melhor esse cenário atual e levar informações de forma ainda mais abrangente no estado”, conclui a gestora estadual do Projeto de Apicultura.

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