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Currais Novos/RN- Cangaço, economia criativa, hospitalidade e ruralidade foram as temáticas discutidas nos paineis do segundo dia do Seminário de Turismo Rural – Encontro Geoparque Seridó que faz parte da programação científica da RuralTur 2024 que acontece em Currais Novos/RN até este sábado (23).
O Seminário de Turismo Rural – Encontro de Geoparques Seridó, abriu as atividades do segundo dia de evento, na última sexta-feira (22), com o painel “Cangaço, Economia Criativa e Turismo”. O encontro explorou a conexão entre a história cultural do cangaço e seu potencial como vetor de desenvolvimento turístico e econômico.
O primeiro palestrante da tarde, Joaquim Cartaxo, superintendente do Sebrae/CE e coordenador do projeto Nordeste de Economia Criativa , falou sobre os reflexos do cangaço na economia criativa, destacando seus símbolos históricos que se transformam em diversos produtos comerciais como peças teatrais, livros, músicas, filmes, entre outros e que movimentam a economia e incrementam o desenvolvimento local.
“A criação de roteiros turísticos históricos, o fortalecimento de produtos artesanais inspirados no cangaço e as oportunidades para eventos culturais são exemplos de ações que celebram essa herança. Um exemplo disso no Rio Grande do Norte é a peça Chuva de Bala no país de Mossoró; o Museu do Cangaço é outro exemplo em Serra Talhada/PE e tantos outros espalhados no Nordeste”, citou Cartaxo que dividiu o palco com o especialista em cangaço, Lemuel da Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço que compartilhou um pouco sobre a história deste movimento sertanejo, destacando a importância de iniciativas que fomentam oportunidades para as comunidades que guardam esse patrimônio vivo.
Em seguida, Regina Medeiros, gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB – idealizadora e coordenadora de várias edições da RuralTur na Paraíba – subiu ao palco personificada de “Maria Bonita”, principal símbolo feminino do cangaço. Ela falou sobre o poder transformador da cultura enquanto potente ferramenta de promoção turística e valorização da economia criativa em regiões historicamente ligadas ao fenômeno do cangaço. “É importante o empreendedor sair do lugar comum para conquistar o turista do futuro e manter os já atendidos. Unir a criatividade e a cultura é uma alternativa valiosa para fomentar a economia local ”, comentou.
Como estudante do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Maria Emília destaca que o Seminário foi uma oportunidade de ampliar seus conhecimento sobre a conexão entre cultura, economia criativa e turismo rural. “Os debates de ontem e hoje reforçaram a importância de valorizar nossas raízes e de investir em soluções sustentáveis para o desenvolvimento do interior do estado. Foi muito bacana ver como as algumas ideias simples podem impactar positivamente nossa cidade e abrir novos caminhos para o futuro do turismo no Seridó”, disse.
Entre as apresentações dos paineis do último dia do seminário, a equipe organizadora no ato representada pelo cerimonialista do evento, Wagner Castro, registrou uma homenagem ao analista técnico, gestor de Turismo do Sebrae-RN, Yves Guerra pelo empenho na preparação do evento.
O Seminário Turismo Rural- Encontro de Geoparques Seridó reuniu nos dois dias de realização em torno de 200 pessoas entre especialistas, empresários, estudantes e agentes culturais da região. A organização comprometida com a acessibilidade contou com intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em todas as palestras realizadas, promovendo inclusão e ampliando o alcance das discussões sobre turismo rural, economia criativa e sustentabilidade.
O evento contou com o apoio da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências do Seridó/UFRN, Consórcio Público Intermunicipal Geoparque Seridó, Prefeitura de Currais Novos, Polo Sebrae de Energias Renováveis, CDL Currais Novos, Banco do Brasil, entre outros.
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