A Primar Orgânica conquistou um dos mais importantes reconhecimentos da agropecuária brasileira ao ser eleita vencedora do 9º Prêmio Fazenda Sustentável, promovido pela revista Globo Rural, na categoria Pequena Propriedade Rural. A premiação destaca propriedades que são referência em sustentabilidade e gestão inovadora, reforçando que é possível conciliar eficiência econômica, preservação ambiental e inclusão social. A produtora Márcia Kafensztok, proprietária da Primar Orgânica recebeu o reconhecimento nesta quinta (25) em solenidade promovida pelo programa Globo Rural, realizada em São Paulo.
“Receber o primeiro lugar na categoria de pequena propriedade, prêmio de fazenda sustentável do Globo Rural, é um super reconhecimento do nosso trabalho. A gente vê disseminada uma sementinha que plantamos há muitos anos. É um orgulho muito grande e também uma expectativa de que outros produtores deem mais importância à questão da sustentabilidade”, declarou Márcia Kafensztok, proprietária da Primar Orgânica.

O prêmio avaliou propriedades rurais de todo o país com base em três pilares: ambiental (uso racional dos recursos, preservação da vegetação nativa, manejo de solo e água), econômico (viabilidade financeira, produtividade e tecnologia) e social (condições de trabalho, integração comunitária e inclusão). A Primar se destacou pela adoção de práticas de agricultura regenerativa e pelo compromisso com a produção orgânica certificada.
Uma história de dedicação e propósito
Fundada em 1993 pelo biólogo Alexandre Wainberg, a Primar Orgânica consolidou ao longo de mais de três décadas um modelo de agricultura que une ciência, inovação e compromisso socioambiental. Hoje, sob a liderança de Márcia Kafensztok, a fazenda celebra não apenas um prêmio, mas a realização de um projeto de vida que se mantém fiel ao propósito de produzir de forma sustentável e inspirar outros produtores a seguirem o mesmo caminho.
“Os desafios foram muitos, porque quando se trabalha com sustentabilidade, às vezes parece que estamos remando contra a maré, já que muitos visam apenas lucro a qualquer custo. Mas mostramos que é possível conciliar produção com responsabilidade — o econômico, o social e o ambiental trabalhando juntos. Foram 32 anos de atividade e 22 de certificação orgânica, e o caminho não foi fácil. Ainda assim, é um aprendizado que vale a pena e que precisa ser trilhado cada vez mais no campo brasileiro”, completou Márcia.
Parceria estratégica com o Sebrae/RN
O reconhecimento nacional é resultado de uma trajetória de mais de 15 anos de dedicação e inovação, construída também com o apoio do Sebrae/RN. Por meio de capacitações, consultorias técnicas especializadas, incentivo à certificação orgânica e acompanhamento contínuo, a parceria possibilitou avanços significativos em gestão, processos produtivos e acesso a mercados diferenciados.
Esse suporte foi decisivo para a consolidação de um modelo de produção que alia planejamento estratégico, inovação tecnológica e responsabilidade socioambiental, tornando a Primar referência nacional em sustentabilidade na agricultura familiar.
“O que mais chama atenção na trajetória da Primar é a capacidade de transformar conhecimento em prática, com consistência e visão de longo prazo. Esse prêmio valida a missão do Sebrae de apoiar a agricultura familiar, mostrando que é possível alinhar rentabilidade com responsabilidade socioambiental”, destacou Sergina Dantas, gestora de Bioeconomia do Sebrae/RN.
Histórico de prêmios e liderança feminina
A Primar Orgânica acumula uma série de reconhecimentos que reforçam seu protagonismo no campo, especialmente pelo papel da mulher na gestão rural, entre eles:
-Prêmio Mulheres do Agro 2021 – Destaque à liderança feminina com foco em sustentabilidade.
-Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2022 (Categoria Negócios Rurais) – Valorização do empreendedorismo feminino no campo.
-Prêmio Mulheres na Ciência Américas 2024 – Reconhecimento internacional pela integração entre ciência e práticas agrícolas sustentáveis.
“A Primar prova que inovação não é privilégio das grandes propriedades e inspira outros produtores a buscar mudanças consistentes e graduais, que geram resultados sólidos. Além disso, o protagonismo feminino foi decisivo nesse processo e mostra como as mulheres estão transformando a agricultura brasileira”, finalizou Sergina.