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Produtores da região do Mato Grande serão capacitados para melhorar produção de caju

Curso sobre técnicas inovadoras para cultivo do caju será ministrado, a partir desta terça-feira (23), a 60 cajucultores dos municípios de Ceará-Mirim e João Câmara, na região do Mato Grande
Por Redação
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Natal – Para ampliar a competitividade dos cajucultores e melhorar a produção na região do Mato Grande, o Sebrae no Rio Grande do Norte, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroindústria Tropical e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) promovem curso técnico, em parceria com prefeituras locais, sobre as inovações tecnológicas para o cultivo do caju. A capacitação será ministrada, de terça-feira (23) até o dia 25, para 60 produtores dos municípios de Ceará-Mirim e João Câmara, na região do Mato Grande.

O objetivo é repassar para os cajucultores das duas cidades as novas técnicas desenvolvidas pela Embrapa e, assim, melhorar o cultivo do caju e ampliar a produção de castanhas nessa área. De acordo com previsões do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Rio Grande do Norte deverá produzir este ano cerca de 17,9 mil toneladas de castanhas de caju, o que representa um aumento de 7,7% em relação à safra do ano passado, quando o RN – terceiro maior estado produtor – chegou a colher 16,6 mil toneladas da amêndoa. Para o Brasil, a estimativa é de um total de 120.750 toneladas de castanhas, o que representa um crescimento de 9,1% em comparação com a safra de 2021.

Para endossar esses números, o Sebrae está capacitando os produtores com novas tecnologias para iniciar um processo de melhoramento da cajucultura do Mato Grande, que se configura entre as áreas produtoras de cajus no Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte deverá produzir este ano cerca de 17,9 mil toneladas de castanhas de caju, 7,7% em relação à safra do ano passado (Foto: Moraes Neto)

“Estamos fazendo esse esforço conjunto com a Embrapa e outros parceiro para revitalização dos pomares potiguares por meio de técnicas inovadoras, desenvolvidas no Ceará, o segundo maior produtor brasileiro, a serem adotadas pelos produtores locais. O intuito é aumentar a produção por árvore e proporcionar melhores ganhos para quem aposta nessa cultura”, explica o gestor do Projeto de Fruticultura do Sebrae-RN, Franco Marinho.

O curso será conduzido por três técnicos da Embrapa Agroindústria Tropical ao longo da terça-feira e na manhã do dia seguinte em Ceará-Mirim, onde serão capacitados 30 produtores rurais da cidade. Na tarde do dia 24 e durante todo o dia 25, outros 30 cajucultores de João Câmara recebem os mesmos conteúdos, que serão repassados na prática, assim como acontece em um dia de campo. Os pesquisadores da Embrapa vão apresentar informações e novas técnicas de cultivo, as variedades e os clones de cajueiros que melhor se adaptam ao clima e solo da região, além do manejo.

A Embrapa Agroindústria Tropical tem propriedade no assunto, pois vem estudando essa cultura há mais de quatro décadas e obteve resultados exitosos. Apesar de a maior parte das plantações serem focadas na obtenção da castanha, atualmente, vem-se aumentando o aproveitamento do pedúnculo, popularmente conhecido como o fruto. Além da comercialização in natura, parte da produção do pseudofruto é beneficiada nas agroindústrias do estado, que processam o caju em polpas e sucos. Há cerca de uma década em torno de 70% desse parte do caju era desperdiçada.