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O município de São José do Seridó sediou, na última sexta-feira (07), o lançamento da safra 2025 do projeto AgroSertão, iniciativa que envolve diversas instituições e beneficia pequenos produtores da região do Seridó Potiguar. Durante o evento, foram entregues sementes para o cultivo de algodão agroecológico e equipamentos poupadores de mão de obra para facilitar o trabalho no campo.
De acordo com Sergina Dantas, analista técnica e gestora do projeto no âmbito do Sebrae-RN “a região do Seridó está resgatando uma cultura que sempre foi muito forte, e essa retomada só é possível graças ao arranjo institucional entre a Fundação Banco do Brasil, Instituto Riachuelo, Embrapa, Sebrae e as prefeituras, acrescentou.
João Hélio Cavalcanti, diretor técnico do Sebrae RN, destacou que o evento foi um momento de celebração e avanço para o algodão agroecológico na região. Ele enfatizou a importância da entrega de equipamentos e novas tecnologias, que reduzem o esforço manual, aumentam a produtividade e garantem mais saúde para os agricultores. Além disso, ressaltou os benefícios da agroecologia, que permite o cultivo sem o uso de venenos e produtos químicos, promovendo práticas sustentáveis e mais seguras para o meio ambiente e para os produtores.
“Hoje é o lançamento da safra 2025 e a entrega das sementes. Este ano, temos 178 produtores rurais distribuídos em 15 municípios da região do Seridó. A partir da semana que vem, já será iniciado o plantio, e até março esperamos estar com toda a área cultivada. Em agosto, começamos a colheita, e nossa expectativa é aumentar a produtividade em 30% em relação a 2024, quando colhemos 40 toneladas de algodão”, explicou.
Marenilson Oliveira, pesquisador da Embrapa, reforçou o impacto positivo da pesquisa e da assistência técnica no projeto. “A Embrapa tem um papel fundamental na introdução de novas tecnologias para o cultivo do algodão agroecológico. Nosso objetivo é garantir que os produtores tenham acesso a conhecimento atualizado e boas práticas agrícolas, possibilitando um cultivo mais produtivo e sustentável. A troca de experiências entre os agricultores e a equipe técnica é essencial para o sucesso da iniciativa.”
O vice-prefeito de São José do Seridó, Ricardo Medeiros, ressaltou a importância do projeto para o município e para a região. “O AgroSertão é um marco para a agricultura familiar no Seridó. Aqui em São José do Seridó, vemos de perto como essa iniciativa fortalece a economia local e melhora a qualidade de vida dos produtores. A UAP instalada na Comunidade Caatinga Grande será um espaço essencial para capacitação e desenvolvimento de novas técnicas.”
Além da entrega das sementes, outra novidade foi anunciada durante o evento. Renata Cavalcanti, gerente do Instituto Riachuelo, anunciou o lançamento de coleção de camisas agroecológicas produzidas com fios de algodão cultivados no projeto, durante o carnaval de Salvador. “Essa ação reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e valoriza o trabalho dos agricultores locais”, destacou.
O agricultor João Medeiros ressaltou a evolução do cultivo do algodão agroecológico na região, destacando a chegada de novos equipamentos e a melhoria contínua da assistência técnica. Ele relembrou sua experiência com o cultivo do algodão mocó na década de 1990, quando a comercialização era difícil. “A gente vê uma grande mudança no processo, com a venda da pluma separadamente, garantindo mais eficiência e retorno para os agricultores”, avaliou.
O evento também contou com a demonstração de equipamentos poupadores de mão de obra, adquiridos com recursos de um convênio firmado com a Fundação Banco do Brasil. Esses equipamentos estão sendo utilizados pelos produtores para facilitar o preparo da terra e o plantio.
O AgroSertão é um projeto desenvolvido por meio de uma parceria entre o Instituto Riachuelo, Embrapa, Emparn, Sebrae/RN, Fundação Banco do Brasil, produtores rurais e prefeituras. A iniciativa tem transformado a realidade de pequenos agricultores, promovendo inovação, sustentabilidade e resgate da cultura do algodão na região do Seridó Potiguar.
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