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Natal – O turista e o visitante que buscam originalidade sem abrir mão da tradição ao adquirir peças feitas manualmente vão encontrar no Espaço Sebrae o local ideal para ver uma mostra representativa da produção artesanal do Rio Grande do Norte durante a 29ª edição da Feira Internacional de Artesanato (Fiart). O espaço expõe para comercialização toda a diversidade artística em utensílios e peças decorativas feitos em polos produtores de várias regiões do estado. São artefatos confeccionados a partir de tipologias tradicionais e remanescentes, resgatadas com intervenções de design, que traduzem a inovação aliada a essa atividade. A feira está sendo realizada até o dia 28, das 16h às 22h, no Centro de Convenções de Natal, situado na Via Costeira.
Com cerca de 98 metros quadrados, o espaço apresenta uma diversidade de roupas, acessórios, artigos para presente, objetos decorativos e utilitárias, assim como produtos para cama, mesa e banho. Os preços acompanham a diversidade dos produtos, ficando entre R$ 10 e R$ 500, cabendo no bolso de perfis diferentes de consumidores. O visitante encontra no Espaço do Sebrae na Fiart uma diversidade de peças utilitárias e decorativas em tipologias variadas, como bordados, arte em crochê e em MDF, pintura em materiais reciclados, cerâmica e fibras, que mostram a diversidade e a qualidade do artesanato local, que reflete a cultura e a identidade cultural do estado.
Estão expondo no local onze artesãos que tiveram as peças selecionadas por meio de edital de curadoria. Todos os trabalhos inscritos passaram por uma avaliação levando em conta critérios, como criatividade, originalidade, referência à cultura popular, linguagem própria, tradição, inovação, expressão, contemporânea e apresentação do produto. Além desse grupo, há também representantes de grupos produtores de cidades potiguares onde o Sebrae desenvolveu intervenções para resgate de tipologias renascentes.
As peças trazem uma proposta inovadora em formas ou meio de produção, que agregam valor aos artigos criados e revelados em itens, como toalhas de mesa bordadas, enxoval para bebê, bolsas, cestos, vasos e outros objetos desenvolvidos a partir de tipologias e materiais típicos da cultura potiguar. A lista inclui também argilas, rendas, bordados, couros, madeiras, metal, fibras, pinturas, papel machê e outros materiais reciclados. Algumas delas passaram por um processo de resgate, promovido pelo Sebrae, para reavivá-las em localidades originárias, pois essas expressões artísticas estavam em processo de esquecimento por parte de quem produz e consequentemente resultando em baixa demanda por parte dos consumidores.
De acordo com a consultora do Sebrae, Mônica Lima, ações do projeto de Economia Criativa estimularam a retomada do fazer artesanal com matérias primas tradicionais dessas e regiões e parte dessa produção está em exposição no evento. Esse é o caso do sisal e da arte feita com areias coloridas.
“Fazia 20 anos que eles não produziam mais artesanato sisal e, com essa intervenção feita pelo Sebrae, ocorreu um resgate dessa cultura, dessa cultura adicionando noções de design para criação das peças. Outro exemplo é a fibra de Carnaúba do Vale do Açu e das peças feitas com areias coloridas na região de Tibau. Essa ação trouxe inovação para os produtos que já eram produzidos anteriormente. A ideia é fomentar esse resgate, multiplicar e repassar as técnicas de manusear esses materiais”, conta Mônica Lima.
Outro destaque foi o apoio do Sebrae, por meio de consultorias, para diversificar o mix de produtos artesanais gerados pela produção associada ao turismo religioso, sobretudo na região do Trairi, em função do fluxo em torno da estátua de Santa Rita, instalada na cidade de Santa Cruz. A Santá Artesanato Conceitual, que reúne 22 artesãos com habilidades em técnicas do ponto cruz, macramê e crochê, passou a aplicar em roupas os mesmos elementos iconográficos usados nos utensílios já produzidos e comercializados no entorno do monumento.
“Invés de só trabalharmos as tipologias em artesanato para peças utilitárias, resolvemos inovar aplicando essas tipologias também em peças de vestuário. Então, a gente elaborou algumas peças femininas e já estamos produzindo também peças masculinas com a mesma técnica, principalmente com a a do Patch Apliqué, utilizando pintura em tecido, com bordados rústicos, todos com identidade e elementos da cultura local da região”, explica a vice-presidente da Santá Artesanato Conceitual, em Santa Cruz, Margareth Gomes.normal">.
Com apoio do Sebrae, as peças foram levadas à Fiart e podem ser conferidas durante o evento. Toda a coleção Dona Helena foi apresentada em desfile durante a cerimônia oficial de abertura da Fiart, no início da semana.o catálogo inclui conjunto de blazer croped e bermuda de alfaiataria em linho puro com estampa feita em Patch Apliqué, um top de crochê com aplicação em pintura e bordados manuais e saia em linho puro com aplicações em crochê, um macacão em linho puro com aplicação em pintura e bordado manuais e pala em crochê e um conjunto de colete e calça de alfaiataria em linho puro com aplicação de pintura e bordado manuais.
A coleção Dona Helena é assinada pelo designer de moda Iure Dantas. A proposta de criação do catálogo contou com as consultorias do programa Sebraetec, que oferta soluções inovadoras e tecnológicas com subsídio de até 70%, custeados pelo Sebrae.
Além do artesanato
Engana-se quem imagina que o estímulo do Sebrae para fomento de negócios fica restrito à área das manualidades. Produtos do segmento de alimentos & bebidas obtidos através de práticas artesanais também ganharam uma vitrine na Fiart. O gestor do projeto de Economia Criativa do Sebrae-RN, Ítalo Bruno, informa que a instituição também montou na feira outros espaços para destacar a Rota da Cerveja, que também esteve no ano passado. Além disso, destaca os, expositores do Núcleo da Cachaça e do Empreleite, que é o núcleo de queijos e leite, que faz parte do Programa do Empreender.
