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RN registra superávit de US$ 249,9 milhões na balança comercial em 2024

Para o Sebrae, diversificação e agregação de valor aos produtos exportados são apostas para alavancar o crescimento econômico do estado
Por Redação
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Natal – Entre janeiro e maio de 2024, o Rio Grande do Norte registrou um saldo de US$ 249.9 milhões em sua balança comercial, demonstrando um crescimento expressivo ao comparar com o saldo de US$ 96 milhões alcançado no mesmo período de 2023. Estes dados foram extraídos do mais recente Boletim da Balança Comercial do RN, organizado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte e baseado nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Especificamente no mês de maio, o estado potiguar registrou um saldo de US$ 16.3 milhões. No mesmo período do ano passado o saldo foi de US$ 10.4 milhões. Os dados completos estão na edição de maio do Boletim da Balança Comercial do RN. O informativo acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional.

Mais uma vez o setor de combustíveis se destacou como principal impulsionador das exportações, com o fuel oil e o gasóleo liderando as vendas. Esses produtos encontraram forte demanda em mercados internacionais importantes, com as Ilhas Virgens Americanas em primeiro lugar movimentando US$ 36.5 milhões com a compra de Fuel oil. Países Baixos também se destacaram, registrando a movimentação de US$ 17.8 milhões. Estados Unidos, Colômbia e China também aparecem entre os principais destinos das exportações norte-rio-grandenses.

Além do fuel oil e do gasóleo (óleo diesel), as naftas para petroquímica, mamões e sal também figuram entre os produtos mais significativamente exportados pelo estado.

Oportunidade para o RN

De acordo com David Góis, gerente da Unidade de Negócios, Inovação e Tecnologia (UNIT) do Sebrae-RN, uma oportunidade para o Rio Grande do Norte contribuir ainda mais para o cenário de crescimento no estado é investir na exportação de serviços tecnológicos. O Sebrae-RN, em colaboração com parceiros como o Instituto Metrópole Digital, já oferece ações de apoio para exportação de serviços e soluções de base tecnológica.

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“Investir na exportação de serviços tecnológicos é uma maneira de diversificar e fortalecer a pauta exportadora do Rio Grande do Norte. Com o apoio do Sebrae e demais parceiros, as empresas locais têm a chance de se destacar em mercados globais, ampliando seu alcance e competitividade”, enfatizou David Góis.

A realização de missões internacionais, como o Web Summit em Lisboa e a visita ao Vale do Silício, são algumas das estratégias para aumentar a competitividade das startups locais. “Essas experiências são fundamentais para capacitar o mercado local a atender demandas globais, fortalecendo ainda mais a economia potiguar.”

O gerente da UNIT também reforçou a necessidade de agregar valor e diversificar os produtos exportados no estado. “Há um esforço contínuo no Sebrae para contribuir com o aumento da quantidade de empresas exportadoras e diversificar os produtos exportados, saindo de itens tradicionais como castanha, moda praia, bordado e boné. Identificar maneiras de agregar valor aos produtos exportados, como pedras, mel e atum, é muito importante”, avaliou.

Aumento nas Importações

Nas importações, o Rio Grande do Norte tem mantido um foco significativo em produtos tecnológicos e industriais. Entre os principais itens importados estão células fotovoltaicas montadas em módulos ou painéis, que são essenciais para projetos de energia renovável, que estão em expansão no estado.

Além disso, o estado importa outros trigos e misturas com centeio, utilizados amplamente na indústria alimentícia, e poli(cloreto de vinila) ou PVC, um material fundamental para a construção civil e para fabricação de produtos plásticos. Estes produtos são principalmente importados de países como China, que lidera em fornecimento de componentes eletrônicos e painéis solares, Alemanha, conhecida pela sua alta qualidade em produtos industriais, e Espanha, que contribui com produtos agrícolas e industriais.