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Natal – O cenário da transição para a mobilidade elétrica e a expansão das energias renováveis no Brasil e no cenário potiguar foram um dos destaques da programação no primeiro dia do Fórum de Energias Renováveis 2023, que começou na quarta-feira (22) e encerra hoje. Essa transformação representa não apenas uma mudança na forma como nos deslocamos, mas também na maneira como produzimos e consumimos energia. Esta perspectiva foi compartilhada por Roberto Wagner, presidente eleito do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-RN), que é engenheiro eletricista, especialista em automação industrial pela UFRN e consultor do grupo Weg.
Para Roberto, no âmbito da mobilidade elétrica, o estado testemunha uma crescente adoção de veículos elétricos. Não se restringindo mais aos entusiastas de tecnologia, os consumidores comuns já identificam a viabilidade desses veículos, cujos preços têm se aproximado dos modelos movidos a combustão. No entanto, esse avanço não vem isento de desafios. “A demanda simultânea de energia para carregar múltiplos carros em edifícios residenciais desperta preocupações sobre a sobrecarga na infraestrutura elétrica”, expõe Roberto Wagner,.
Paralelamente, o panorama das energias renováveis está em franca expansão, também considera Roberto. Ele destaca que o potencial eólico do Rio Grande do Norte é um dos grandes trunfos, especialmente na exploração offshore, com condições favoráveis de vento e proximidade da costa, tornando a implantação de usinas eólicas mais acessível do que em outras regiões do mundo.
“Esse movimento não só traz a promessa de um parque eólico substancialmente maior que o de Itaipu, como também impulsiona a possibilidade de produção de hidrogênio verde, aproveitando parte da energia não consumida localmente”, frisa.
Além disso, a energia solar, com seu potencial expressivo no estado, desponta como uma grande alternativa. O engenheiro considera esse potencial a partir do dado de que alto índice de radiação solar do Rio Grande do Norte é várias vezes superior ao de países referência nessa área, como Alemanha e Espanha.
“O ecossistema em torno da mobilidade elétrica e das energias renováveis já está se estruturando, com fornecedores, importadores e comerciantes emergindo e engenheiros e técnicos envolvidos nesse processo. Esse avanço não só responde às preocupações ambientais, com a reciclagem de baterias e a geração de energia limpa, mas também promete gerar riqueza e valor para o estado”, destaca.
Neste cenário, Roberto entende a atuação do Sebrae no Rio Grande do Norte essencial como vetor de desenvolvimento do estado. “É essencial ter o Sebrae como protagonista na sociedade civil organizada, levando conhecimento e oportunidades em prol do desenvolvimento de nossa região”, afirma. O Fórum de Energias Renováveis 2023, realizado pelo Polo Sebrae de Energias Renováveis em parceria com o Instituto Senai de Inovação – ISI, conta com o apoio da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), da Escola de Leads e o patrocínio da Colina Tech.
