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Produtor de leite orgânico compartilha estratégias para alcançar sucesso no laticínio

O produtor de leite orgânico, Ricardo Schiavinato, apresentou na Agência Sebrae Festa do Boi as estratégias que impulsionaram o sucesso da empresa na produção de laticínios de alto valor.
Por Especial Festa do Boi/2023
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Parnamirim – O leite com valor agregado está ganhando cada vez mais espaço no mercado, oferecendo tecnologias de processamento de matéria-prima que possibilitam a criação de produtos inovadores. Atualmente, é um dos principais impulsionadores do crescimento do setor, sobretudo diante da demanda por produtos saudáveis. Um exemplo inspirador foi compartilhado durante os seminários técnicos da Agência Sebrae Festa do Boi, nesta quinta-feira (11). A empresa Nata da Serra, sediada em Serra do Norte, São Paulo, se destaca com sua produção de leite orgânico.

Ricardo Schiavinato, apresentou as estratégias que impulsionaram a sua empresa na produção de laticínios de alto valor. Fotos: Moraes Neto

O proprietário da Fazenda Nata da Serra, engenheiro-agrônomo, Ricardo Schiavinato, apresentou no evento as estratégias que impulsionaram o sucesso da empresa na produção de laticínios de alto valor. “Estou em uma região que produz muito leite e que tem muitos laticínios e muitos pequenos produtores com laticínios. Encontrei no leite orgânico um diferencial e, dentro desse diferencial, tenho a verticalização com meu próprio laticínio. Produzo leite e transformo-o em queijos, iogurte, manteiga e requeijão”, relata o produtor.

Somente é considerado leite orgânico o produto que atende a uma normativa nacional que regulamenta a produção orgânica. Essa regulamentação impõe restrições ao uso de defensivos agrícolas nas plantações e ao uso de medicamentos alopáticos nas vacas, promovendo a adoção de alternativas mais naturais, como homeopatia e fitoterápicos.

A produção do leite orgânico pode resultar em uma produtividade ligeiramente menor em comparação com a produção convencional. No entanto, ela oferece um produto mais sustentável, isento de contaminantes, o que possibilita a cobrança de preços mais elevados no mercado. “Isso facilita minha posição no mercado, pois nem todos produzem leite orgânico”, destaca Ricardo. “Para ser reconhecido como produtor orgânico, é necessário passar por auditorias, o que aumenta nossos custos de produção. No entanto, os preços mais elevados dos produtos compensam esse investimento”, acrescenta.

Segundo o produtor paulista, os benefícios da produção orgânica de laticínios, como queijos livres de conservantes, aromatizantes e outros aditivos, permite que os produtores cobrem um preço cerca de 30% mais alto em comparação com os produtos convencionais. O sucesso do negócio de Ricardo Schiavinato impacta, positivamente, não apenas na qualidade de vida dos consumidores, mas sobretudo no mercado, cuja tendência é cada vez mais voltada para a venda e o consumo de alimentos saudáveis. “Receber informações é o primeiro passo, mas a assistência técnica ajuda a aplicar essas informações e progredir. Eu era um produtor que recebeu informações e fui transformado graças à assistência técnica”, reconhece Schiavinato, citando o programa Empreleite do Sebrae-RN, que conheceu durante o evento e que oferece informações e assistência técnica aos pequenos produtores potiguares.

A 61ª Festa do Boi é uma realização da Associação Norte-rio-grandense de Criadores – ANORC e do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, em parceria com a Prefeitura Municipal de Parnamirim, Sebrae-RN e Polo Sebrae Agro. O evento prossegue até este sábado (14), no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, região metropolitana de Natal.