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Sebrae lança plano estratégico de inovação para o setor do agronegócio potiguar

As ações do Plano de Intervenção Estratégico do Ecossistema Local de Inovação Agro (ELI Agro) serão apresentadas e detalhadas em evento, na sede da Anorc, na próxima terça-feira (19)
Por Redação
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Natal – Após uma série de oficinas realizadas entre os principais atores de cadeias produtivas ligadas ao agronegócio potiguar, o Sebrae no Rio Grande do Norte concluiu o Plano de Intervenção Estratégico do Ecossistema Local de Inovação Agro (ELI Agro). O documento faz um mapeamento do setor e apresenta as ações prioritárias que serão implementadas para inserir a inovação nas atividades rurais desenvolvidas no estado. O plano de intervenções será apresentado na próxima terça-feira (19), na sede da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, a partir das 10h.

O ELI Agro seria uma espécie de hub do agronegócio potiguar, que nasce com o propósito de unir pequenos e grandes produtores e criadores para fortalecer o setor. Iniciativa reúne cadeia produtiva, empresas de diversos segmentos, startups, academia, além de instituições públicas e privadas interessadas em mudar o cenário do agronegócio no estado.

A metodologia Ecossistema Local de Inovação (ELI) foi desenvolvida pelo Sebrae em parceria com a Fundação CERTI e é caracterizada por uma abordagem de mapeamento e intervenção. O método inclui a identificação dos atores e áreas com maior potencial de inovação, a partir da análise de variáveis técnicas. Esses parâmetros envolvem potencial tecnológico, com a existência de cursos de mestrado e doutorado em áreas como engenharia, biotecnologia, entre outros, bem como vocação produtiva em segmentos com perfil na área de inovação e tecnologia, como empresas de química e materiais, além de softwares.

Para a metodologia Ecossistema Local de Inovação do Agronegócio – ELI Agro, esses parâmetros da metodologia original foram adaptados para averiguar o potencial de inovação exclusivamente de atividades ligadas ao agronegócio. As ações propostas no plano visam potencializar o desenvolvimento regional, ancorado nas atividades de inovação.

A programação de lançamento terá degustação de cachaças, queijos e frutas e será seguido por um almoço oferecido aos convidados. Contará ainda com a participação de Luís Roberto Barcelos da Agrícola Famosa e da agropecuarista Jardeline Braga, da Fazenda Zangalheira, que vão dividir suas experiências em suas respectivas áreas.

Durante o encontro, a gerente da Unidade de Desenvolvimento Rural do Sebrae RN, Mona Nóbrega Lira, fará a apresentação das principais ações estabelecidas no Plano de Intervenção.

“Esse planejamento serve para estabelecer um ecossistema dotado de um agronegócio e uma agricultura familiar mais competitivos, de bases mais tecnológicas e com mais inovação dentro dessas cadeias produtivas que foram priorizadas”, acrescenta Mona Paula.

O superintendente do Mapa no RN, Manoel Neto, é um dos curadores do projeto, que conta com a contribuição de cerca de 90 representantes de instituições envolvidas direta ou indiretamente com o setor produtivo. “Buscamos atrair os grandes empresários, os pequenos produtores, a academia, instituições financeiras, entre outros entes que possam fortalecer esse ecossistema que tem um grande potencial de desenvolvimento em nosso estado. A ideia é construir uma governança que fortaleça a produção local”, expõe Manoel Neto.

Implementação

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Entre as estratégias do ELI Agro, como está sendo chamada a iniciativa, está, além de estruturação do hub do agro potiguar, o desenvolvimento de programas de inovação nas cadeias produtivas – integrando os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) – e produtores por meio de um circuito tecnológico, identificando dores e inovações a partir dos agentes de campo das diversas instituições envolvidas.

De acordo com Elton Alves, gestor do Programa AgroNordeste no Sebrae-RN, os institutos são órgãos de extrema importância para a promoção e fomento à inovação no cenário nacional. Através de seus programas e serviços, novas tecnologias desenvolvidas nas universidades são introduzidas ao mercado por meio da transferência de tecnologia, troca de know-how e licenciamento de patentes.

O projeto também visa o desenvolvimento de uma política pública de fomento à regularização facilitada e simplificada para a legalização dos negócios do setor, além da estruturação de um fundo estadual de fomento para soluções inovadoras, ampliando e facilitando o acesso ao crédito.

Os setores prioritários para a iniciativa são os da agricultura, pecuária, aquicultura, pesca e produção florestal, que serão contemplados com ações táticas operacionais, como capacitação em cooperativismo e associativismo no campo, apoio à comercialização, fomento e incentivo ao turismo rural, programas de mentoria, desenvolvimento de lideranças, negócios e técnicas, capacitação a fim de aumentar a taxa de aprovação dos projetos nos bancos, entre outros.

O produtor rural Rodrigo Moura, da RC Agrícola, vê o ecossistema local de inovação como uma oportunidade única para colaborar e impulsionar o desenvolvimento da cadeia produtiva no estado. ”Ao trabalharmos juntos para aprimorar nosso ambiente de negócios, estaremos criando condições mais propícias para o crescimento sustentável, a geração de renda e a melhoria da qualidade de vida não apenas para nós, produtores rurais, mas para toda a comunidade do nosso estado”, destaca.

As ações prioritárias foram definidas durante ciclo de oficinas realizadas com os principais atores do setor. Foto: Marco Polo Veras

Entre as instituições envolvidas no ELI Agro estão o Sebrae, Banco do Nordeste, Emgetec, Faern Senar, Anorc, SWSA, V&Vagro, entre outras instituições. “Queremos atrair entes interessados em transformar o nosso agro em um business inteligente com potencial ecológico, então, a academia é muito bem-vinda com seus programas de graduação e pós-graduação, além de empresas, startups, instituições e demais entes que possam contribuir. Temos muito potencial para levar o nosso agro a um outro patamar, com uma produção sustentável, inovadora, e que possa alimentar a nossa população como deve ser”, reforça Mona Paula.