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Sebrae leva empreendedorismo para comunidades em situação de vulnerabilidade e fortalece negócios de impacto social

Ação no Conexão ODS 2025 promove vivência prática com agentes de transformação em territórios de vulnerabilidade social
Por Especial Conexão ODS
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Natal/RN – A transformação da realidade de pessoas que vivem em territórios vulneráveis está no centro da atuação do Sebrae. Por meio de capacitação, orientação e fortalecimento de negócios de impacto social, a instituição vem ampliando sua presença em comunidades que enfrentam desafios socioeconômicos e ambientais. Esse compromisso ficou evidente durante o Conexão ODS 2025, evento realizado de 7 a 9 de agosto, em Natal, com correalização do Sebrae, Somos Um, Pacto Global – Rede Brasil e Centro Sebrae de Sustentabilidade.

Dentro da programação, ocorreu o Encontro de Comunidades, uma ação que vai além da teoria e proporciona imersão nas práticas de transformação social conduzidas por lideranças comunitárias potiguares. A iniciativa buscou conectar os participantes a experiências que geram impacto positivo a partir de soluções criativas e empreendedoras para desafios locais.

Foto: Luana Tayze

As vivências ocorreram em cinco comunidades que recebem ações socioambientais reconhecidas no Rio Grande do Norte, por meio dos grupos: Associação Quilombola dos Moradores de Capoeiras, Instituto Navegar, ReforAmar, Associação Casa do Bem e Katu Experiência. Cada uma mostrou, na prática, como o empreendedorismo pode ser uma poderosa ferramenta de transformação social.

Empreendedorismo para transformação social

A partir de uma escuta ativa, o Sebrae tem atuado no fortalecimento dessas organizações por meio de acesso a editais, capacitações, mentorias, ferramentas de gestão e estímulo ao modelo de negócios de impacto socioambiental — que une propósito e sustentabilidade financeira com impacto positivo para a sociedade.

“Quando o Sebrae chega a uma comunidade, não está apenas oferecendo capacitação técnica. Está abrindo portas para que ideias ganhem corpo, que talentos locais se desenvolvam e que negócios com propósito floresçam. O Encontro de Comunidades simboliza isso: mostrar, no território, a força do empreendedorismo como instrumento de inclusão e justiça social”,afirma Mona Nóbrega, gerente de Negócios de Impacto do Sebrae-RN.

O encontro foi um momento de escuta ativa e aprendizado coletivo, oferecendo aos participantes a oportunidade de mergulhar nas realidades, estratégias e desafios enfrentados por empreendedores sociais que atuam onde o Estado muitas vezes é ausente. A proposta é inspirar novas iniciativas, fomentar redes de cooperação e reforçar o papel do empreendedorismo na construção de comunidades mais resilientes, inovadoras e sustentáveis.

O Conexão ODS 2025 é um espaço de convergência de ideias, práticas e soluções voltadas para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O Sebrae reforça sua missão de ser um catalisador desse processo, especialmente onde o impacto pode ser mais profundo: nas bordas, nos territórios esquecidos, onde resistem e florescem empreendedores sociais.

Mão na tinta

Um exemplo é a ONG ReforAmar, que atua com reformas e construções de casas de pessoas em situação de vulnerabilidade social. A instituição surgiu a partir da experiência de sua fundadora, Fernanda Silmara, que teve a própria vida transformada após a reforma de sua casa, antes em condições precárias. Anos depois, esse gesto se tornou sua missão.

Com o apoio do Sebrae, Fernanda conseguiu estruturar melhor a iniciativa, participando de programas como Impacta e Regenera, o que contribuiu para a sustentabilidade da organização. Além das reformas gratuitas, a ONG passou a promover ações como um bazar e capacitações pagas para arrecadar recursos.

Foto: Joana Lima

Durante a programação, um grupo de participantes do Conexão ODS visitou a sede da ReforAmar, onde funcionam o bazar e o espaço de capacitação. Em seguida, foram ao bairro Felipe Camarão, onde o projeto pretende reformar, ainda este ano, todas as casas de uma vila — ao todo, 11 imóveis. Jaciara Lisboa, 26 anos, foi a primeira contemplada e teve a fachada de sua residência renovada no dia da visita, com a participação de todo o grupo.

Thainá Mota, supervisora de ESG da Iquine, relatou que voltou da experiência com a certeza de que a empresa está no caminho certo e com novas inspirações. A Iquine mantém o programa Cores para Nossa Gente, que promove a pintura das casas de seus colaboradores. “Já estamos no quinto colaborador, e nosso objetivo é alcançar todos, que hoje somam cerca de 750. Priorizamos aqueles que atuam no ‘chão de fábrica’”, destacou.

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