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Com apoio do Sebrae, RN lidera produção de ostras nativas no Brasil

Visita técnica avalia desafios e avanços da ostreicultura no RN
Por Redação
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A ostreicultura potiguar vem se consolidando como uma alternativa econômica sustentável para as comunidades do litoral sul do Rio Grande do Norte, impulsionando a geração de renda e incentivando práticas ambientalmente responsáveis. Apesar dos desafios estruturais, como a falta de infraestrutura industrial, logística e acesso a novos mercados, o estado se destaca como o maior produtor de ostras nativas do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

Acompanhamento técnico e perspectivas para o setor
Nesta quinta-feira (13), o Sebrae-RN realizou uma visita técnica às áreas de cultivo de ostras no litoral sul do estado. A iniciativa faz parte do projeto de fortalecimento da ostreicultura potiguar e teve como objetivo acompanhar de perto as atividades desenvolvidas na região.

A visita ocorreu na fazenda da Associação dos Ostreicultores de Canguaretama (AOCA) e contou com a participação de representantes do Sebrae-RN, produtores locais e especialistas. Na oportunidade, foram avaliados os avanços e desafios enfrentados pelos ostreicultores, com foco na qualidade da produção e nas técnicas utilizadas.

“O projeto desenvolvido pelo Sebrae trouxe uma quebra de paradigma para a região, possibilitando a oportunidade de transição do extrativismo para uma produção estruturada, diferenciada e principalmente sustentável”, afirmou Itamar Manso, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-RN.

Crescimento exponencial da ostreicultura no RN
O setor tem apresentado crescimento significativo. Segundo o Boletim da Aquicultura em Águas da União 2023, elaborado pelo MPA e lançado em novembro de 2024, a produção de ostras nativas no estado saltou de 0,80 toneladas em 2020 para 152 toneladas em 2023, consolidando o Rio Grande do Norte como o maior produtor nacional da espécie.

“O RN possui um grande potencial natural para a ostreicultura. O Sebrae tem atuado no incentivo à atividade, estruturando grupos, mobilizando produtores e promovendo capacitações para a adoção de práticas mais sustentáveis e eficientes”, destacou Rui Trombeta, consultor do Sebrae-RN que atua no projeto há mais de 10 anos. Foto: Mariana Falcão

Os produtores locais reconhecem os benefícios da parceria com a entidade, que tem oferecido suporte técnico e capacitação para aprimorar a produção. “As ações do projeto nos ajudaram a ter uma nova visão sobre a produção de ostras e reforçaram a importância da preservação ambiental”, afirmou Edson Dionísio, conhecido como “Zé da Ostra de Canguaretama”, que alia a criação de ostras ao turismo local.

Foto: Mariana Falcão

Expansão e impacto social

O trabalho do Sebrae-RN na ostreicultura teve início em 2013, por meio do projeto AquiNordeste, que promoveu o fomento à produção de sementes em laboratório, a mobilização de produtores e o incentivo ao associativismo, inicialmente em Tibau do Sul. Atualmente, a iniciativa se expandiu para os municípios de Canguaretama e Senador Georgino Avelino, incluindo o acompanhamento técnico da produção, a regularização das áreas aquícolas e a ampliação do acesso ao mercado.

“A expectativa é que, com o acompanhamento contínuo e a implementação de novas tecnologias, a ostreicultura potiguar se fortaleça ainda mais, aumentando sua competitividade e garantindo um produto de qualidade”, avaliou Mona Paula, gerente da Unidade de Desenvolvimento Agrário do Sebrae.

Atualmente, o projeto atende 45 famílias e conta com a parceria da Fundação Banco do Brasil, prefeituras municipais, FAO/SAP, PRIMAR, entre outros. Os produtores estão organizados em três associações principais:

Associação dos Produtores de Ostras do Rio Grande do Norte (APROOSTRAS) – Tibau do Sul;
Associação dos Ostreicultores de Canguaretama (AOCA) – Canguaretama;
Ostras Guaraíras – Senador Georgino Avelino.

A ostreicultura segue se consolidando como uma importante fonte de renda para as comunidades locais, promovendo o desenvolvimento econômico e ambientalmente sustentável no Rio Grande do Norte.

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