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Natal – Quem melhor para entender os sentimentos que acompanham a maternidade do que alguém que já passou por isso? Com essa compreensão, nasceu a Like a Mamma, uma agência de marketing e comunicação especializada no mundo materno-infantil. Formada principalmente por mulheres, muitas delas mães, a agência se destaca por entender profundamente as necessidades e desejos de seu público-alvo, ao mesmo tempo que oferece ambiente de trabalho que promove um equilíbrio ideal entre as identidades de mulher, mãe e profissional.

A chegada da primeira filha marcou uma transformação significativa na vida da publicitária Juliana Fernandes, fundadora da Like a Mamma. Essa experiência não só revelou novas perspectivas e desafios, mas também ensinou a Juliana a ter mais empatia, a repensar prioridades e a buscar soluções criativas.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado de publicidade e marketing, a profissional decidiu dedicar-se à maternidade. Após alguns anos, com sua filha mais crescida, começou a trabalhar como autônoma. Essas experiências levaram a empreendedora a refletir sobre o potencial de unir mães de forma profissional no segmento.

“Imagine combinar tanta bagagem, conhecimento e experiência, adicionando a isso o olhar de mãe, que só quem já passou por isso possui”, reflete Juliana. “A maternidade nos ensina a gerenciar melhor o tempo e a buscar incessantemente fazer o melhor possível com os recursos que temos.” Essa fusão de habilidades e experiências maternas é a essência que Juliana buscava ao criar a Like a Mamma.

A participação no edital Impacta 2023, promovido pelo Sebrae-RN, foi crucial neste processo. O programa ajudou a Like a Mamma a consolidar seu modelo de negócio, estruturando a precificação, definindo métodos para os repasses internos e distribuição de receitas, além de estabelecer como seria feito o comissionamento. Esses aspectos foram essenciais para garantir uma operação eficiente, alinhada com as necessidades específicas das mães no ambiente de trabalho.

Um estudo realizado pelo Instituto Qualibest em abril de 2020 com 30 mães, das classes A, B e C, entre 20 e 45 anos, das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil que tiveram o primeiro filho (de 0 a 2 anos) revelou que em aproximadamente 61% dos lares as mães são as responsáveis pelas decisões de compra e em outros 34% a decisão é tomada em conjunto com o companheiro. Em apenas 3% dos casos, a responsabilidade é exclusivamente masculina. Esses dados reforçam a importância de focar a comunicação na mãe, independentemente do tipo de produto ou serviço.

A agência oferece serviços integrados de Marketing para empresas com foco em produtos ou serviços materno-infantil (Foto: divulgação)

A Like a Mamma oferece uma ampla gama de serviços especializados, incluindo consultoria em estratégias de marca, desenvolvimento de plataformas de marca, e planejamento e execução de estratégias de comunicação. Entre os serviços estão a gestão de redes sociais, criação e produção de conteúdo, estratégias de tráfego pago e lançamentos de produtos. A agência também proporciona mentorias, cursos e workshops em branding e estratégias de conteúdo, todos voltados para conectar marcas ao público materno-infantil de maneira eficaz.

Alinhados aos serviços, Juliana compartilha uma motivação pessoal profunda por trás da criação da Like a Mamma. “Minha maior motivação é poder contribuir com outras mães”, revela Juliana. “Ao longo de minha jornada, percebi que muitas mulheres que são mães enfrentavam o mesmo dilema que eu: a dificuldade de conciliar carreira e maternidade. Muitas começaram a empreender por conta própria, o que pode ser um caminho muito solitário. Ao convidar outras mães para trabalhar comigo, formamos um time, e essa união trouxe não só a sensação de não estar sozinha, mas também fez de nós um grupo mais forte, com medos e desejos em comum. A colaboração intensa e o compartilhamento de objetivos são extremamente gratificantes e enriquecedores.”

Negócio de Impacto Social

Juliana Fernandes chama atenção para os desafios que as mães enfrentam no mercado de trabalho. “Apesar de a maternidade desenvolver habilidades notáveis nas mulheres, como eficiência na gestão do tempo e criatividade na resolução de problemas, essas competências frequentemente não são reconhecidas nem valorizadas pelo mercado”, observa ela.

Like a Mamma criou um ambiente que promove maior equilíbrio entre a vida profissional e a maternidade (Foto: divulgação)

Pesquisas especializadas sustentam a afirmação. Segundo uma pesquisa da Marie Claire, no Brasil, 48% das mulheres são demitidas após a licença-maternidade. Outro estudo, realizado pela Catho, indica que 21% das mães levam mais de três anos para retornar ao trabalho, destacando a marginalização desse grupo no ambiente profissional.

Porém, a empreendedora vê as dificuldades enfrentadas pelas mães no mercado de trabalho não como barreiras, mas como oportunidades.

“A Like a Mamma é um empreendimento de impacto social que transforma esses desafios em possibilidades. Oferecemos oportunidades profissionais para mulheres e mães, permitindo que trabalhem em suas áreas de especialização em um ambiente que harmoniza suas agendas pessoais com as exigências da maternidade. Nosso objetivo é respeitar o equilíbrio entre ser mulher, mãe e profissional, enquanto garantimos uma remuneração justa que promova a liberdade, autonomia e independência dessas mulheres”, afirma Juliana.

Além de iniciativas como a Like a Mamma, Juliana destaca a importância de mudanças mais amplas dentro das próprias empresas e corporações. Iniciativas como ‘Maternidade nas Empresas’ e ‘Filhos no Currículo’ são exemplos de esforços que trabalham junto às organizações para criar políticas que favoreçam a paternidade e maternidade. ‘É uma questão de mudar paradigmas. Não estamos apenas falando de melhorar as condições de licença maternidade, mas também de envolver questões de paternidade, que ainda não são tão avançadas no Brasil quanto em países como a Suécia ou a Dinamarca’, explica Juliana.

‘Estamos diante de um movimento que envolve políticas públicas e uma mudança cultural significativa. Reconhecer o problema é o primeiro passo, e agora vemos uma discussão crescente sobre como transformar culturas organizacionais para tratar a parentalidade de forma diferente e mais justa.’

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