ASN RN Atualização
Compartilhe

Projeto AgroSertão encerra 3º ciclo na Festa do Boi e celebra crescimento da cotonicultura no Seridó

Iniciativa celebra avanço na produção sustentável de algodão e certifica agricultores no Seridó, com expansão prevista para todos os municípios da região.
Por Especial Festa do Boi
ASN RN Atualização
Compartilhe

Parnamirim – A cotonicultura potiguar foi um dos destaques na programação da Agência Sebrae durante a Festa do Boi, com um dia especial dedicado à atividade no espaço do Sebrae-RN, na tradicional feira agropecuária. O evento celebrou o encerramento do 3º ciclo do Projeto AgroSertão, capacitando 150 agricultores e reforçando o compromisso com a produção sustentável da produção do algodão agroecológico na região. A cerimônia, realizada no Palco Juntos pelo Agro, foi um dos destaques da programação do dia do evento, que segue até o próximo sábado (19).

O projeto AgroSertão, focado no desenvolvimento econômico e social do Seridó, concluiu seu terceiro ciclo com resultados expressivos na produção de algodão agroecológico. Antes da entrega dos certificados aos agricultores, o pesquisador da Embrapa Algodão, Marenilson Batista, apresentou um panorama geral do projeto e as perspectivas para o futuro, destacando o progresso na retomada dessa cultura na região.

-

“Os resultados deste ciclo foram excelentes, com uma previsão de mais de 60 toneladas de algodão em rama, o que deve se traduzir em cerca de 25 a 30 toneladas de algodão em pluma,” declarou o pesquisador. Ele destacou que o êxito do projeto é resultado do compromisso com a capacitação e do suporte técnico oferecido aos agricultores participantes.

O projeto AgroSertão, fomenta a produção do algodão agroecológico consorciando outras culturas alimentares (milho, gergelim, feijão e palma) com manejo produtivo, recursos hídricos e nutrição do solo. Durante o evento, Marenilson ressaltou que um dos principais aprendizados do 3º ciclo foi a possibilidade de produzir sem o uso de defensivos químicos, utilizando bioinsumos e fertilizantes naturais. “Estamos crescendo com responsabilidade e garantindo que somente quem tem o desejo de aprender e se adaptar faz parte do projeto,” afirmou.

A gestora do Projeto AgroSertão, Sergina Dantas, destacou o papel fundamental das parcerias institucionais na condução do AgroSertão. “A colaboração com instituições parceiras tem sido essencial para o crescimento sustentável do projeto. Com o apoio deles, estamos ampliando nossa atuação, fortalecendo a cultura do algodão e garantindo um futuro próspero para a agricultura familiar no Seridó,” afirmou Sergina.

O casal de agricultores de São Vicente, Elizete Alves e Francisco Medeiros, relataram suas experiências com a reintrodução do algodão no Seridó. “No começo foi desafiador, mas com o apoio do consultor do Sebrae e a troca de conhecimentos com outros produtores, tivemos uma colheita positiva e estamos confiantes para o próximo ciclo,” comentou Francisco.

Os produtores também expressaram a felicidade de ver a retomada da atividade após tanto tempo. “É bom ver que o algodão voltou a fazer parte do nosso dia a dia, trazendo benefícios para toda a família e para comunidade”, disse Elizete.

Com o início do quarto ciclo do AgroSertão, previsto para 2025, a iniciativa será ampliada para os 24 municípios do Seridó, com a assinatura de acordos de parceria com os prefeitos da região. O novo ciclo prevê a continuidade e expansão das ações estruturantes que fortalecem a agricultura familiar e garantem segurança alimentar.

Sobre o Projeto AgroSertão

O Projeto AgroSertão é uma iniciativa colaborativa que reúne o Sebrae-RN, Fundação Banco do Brasil, Embrapa, Instituto Riachuelo, e as Prefeituras Municipais de Acari, Bodó, Caicó, Carnaúba dos Dantas, Cerro Corá, Cruzeta, Currais Novos, Florânia, Ipueira, Lagoa Nova, Santana do Seridó, São José do Seridó, São João do Sabugi, São Vicente e Tenente Laurentino Cruz.

O AgroSertão oferece aos participantes atendimento técnico especializado, capacitações, consultorias e suporte para o escoamento da produção, gerando negócios e incrementando a renda no semiárido.